sexta-feira, 18 de março de 2016
sexta-feira, 11 de março de 2016
O SIGNIFICADO DO KELÊ
O Kelê
Ele é o símbolo da ligação e aliança com o orixá do yaô. Suas contas e firmas tem todo um grande significado de tal forma que sem ele não se faz um yaô, esse significado não fica apenas no encanto a ele direcionado, toda a sua estrutura tem um amplo significado, que geralmente são, 21 contas em cada fio, que são referentes aos 21 dias que o yaô o carregará no pescoço em atitude de reverência a seu orixá (o yaô fica proibido de andar ereto por este motivo). entre uma firma e outra são postos 7 fios que fazem simbologia aos 7 anos que o yaô estará em estado de aprendizagem constante diante de seu orixá para se tornar finalmente um ebomi. O Kelê, também protege e acompanha o resguardo desse yaô e, caso ele arrebente, (oque é gravíssimo), ou algum fio ou estourar (arrebentar), pode ser porque o filho quebrou alguma ewó (Kizila de seu orixá ou da casa) ou alguma energia muito ruim o visitou e da qual o yaô foi protegido por seu Kelê, como a maioria das casas são todas protegidas por seus assentamentos e firmezas pré-supõe-se que tenha sido pelo primeiro caso mas, nada impede o zelador de ir a mesa de jogo e ver o que houve ao certo para evitar novas quebras ou visitas indesejadas.
ORIXÁ ONILÉ
Fonte: Ilê Asé Ijiobá Odé
Onilé é um Orixá que representa a base de toda a vida, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte, Se caracteriza por ser o princípio e representação coletiva dos eleguns e Egunguns. É o primeiro a receber as oferendas e a ser evocado nos ritos dos sacrifícios. Quase todo terreiro possui o acentamento de Onilé, um deles pode ser observado no centro dos Barracões (candomblé), denominado como o "Fundamento da casa" ou simplesmente "O Axé da casa", onde todos sabiamente reverenciam este local. Também chamado pelo "Povo de santo" de Oluaye, Aiyê, Ilê e Sakpatá.
Em algumas tradições, Onilé "é uma divindade feminina", representa a Mãe Terra. (onde "ela" acolhe todos os nossos ancestrais), nos Egungun.
Conta-se que quando Olorum reuniu os orixás para dividir o poder sobre a criação entre eles, uma de suas filhas, Onilé, escondeu-se sob a terra. E acabou ganhando por este motivo poder e autoridade sobre ela. A primeira parte de todos os sacrifícios de (Ejé) sangue é sempre derramada sobre a terra, independente de para qual entidade ou divindade seja o sacrifício, este gesto é uma forma de lembrar e reconhecer o poder de Onilé. Tudo vem da terra e a ela retorna.
Onilé é um Orixá que representa a base de toda a vida, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte, Se caracteriza por ser o princípio e representação coletiva dos eleguns e Egunguns. É o primeiro a receber as oferendas e a ser evocado nos ritos dos sacrifícios. Quase todo terreiro possui o acentamento de Onilé, um deles pode ser observado no centro dos Barracões (candomblé), denominado como o "Fundamento da casa" ou simplesmente "O Axé da casa", onde todos sabiamente reverenciam este local. Também chamado pelo "Povo de santo" de Oluaye, Aiyê, Ilê e Sakpatá.
Em algumas tradições, Onilé "é uma divindade feminina", representa a Mãe Terra. (onde "ela" acolhe todos os nossos ancestrais), nos Egungun.
Conta-se que quando Olorum reuniu os orixás para dividir o poder sobre a criação entre eles, uma de suas filhas, Onilé, escondeu-se sob a terra. E acabou ganhando por este motivo poder e autoridade sobre ela. A primeira parte de todos os sacrifícios de (Ejé) sangue é sempre derramada sobre a terra, independente de para qual entidade ou divindade seja o sacrifício, este gesto é uma forma de lembrar e reconhecer o poder de Onilé. Tudo vem da terra e a ela retorna.
MOJUBÁ
Assentamento de ONILÉ do Ilé Asé Ijiobá Odé
quinta-feira, 10 de março de 2016
EBÓ PARA DESFAZER CHOQUES DE ODÚS (QUALQUER ODÚ)
Material:
- Uma muda de roupa velha da pessoa
- Doze punhados de arroz com casca
- Um quilo de balas de coco
- Um quilo de cada legume (12 variados)
- Doze acaças brancos
- Doze acaças vermelhos
- Doze ovos brancos
- Doze ovos vermelhos
- Doze velas brancas
- Doze moedas correntes
- Doze víntens antigos
- Doze punhados de canjica cozida
- Doze punhados de alpiste cozido
- Doze punhados de guando
- Doze acarajés
- Doze abarás
- Doze ekurus para Yansã
- Doze palmos de morim branco
- Doze palmos de morim vermelho
- Doze palmos de morim amarelo
- Doze rosas brancas
- Doze rosas vermelhas
- Doze bolinhos de farinha de mandioca
- Doze cigarros
- Um pombo branco (macho)
- Uma galo branco (novo)
- Doze pratos brancos (para quebrar)
- Três garrafas de cerveja branca
Modo de fazer:
Passar tudo isto na pessoa com bastante concentração e entregar o Ebó dividido – metade do Ebó na encruzilhada e a outra metade na mata no mesmo dia.
Na volta do Ebó, dar um Bori na pessoa.
O bom Yawo faz, o bom Yawo usa!
O Yawo ao chegar ao barracão, o procedimento correto é:
a) Amarrar um pano no peito (mulheres);
b) Ir direto para a cozinha beber um copo de água para esfriar o corpo da rua, sem fazer paradas, não falar com ninguém para bater - papo e colocar a fofoca em dia;
c) Tomar seu banho e ir trocar de roupa;
d) Bater cabeça no axé, na porta do quarto de santo e pro pai de santo;
e) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de acordo com a ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar (muito embora seja impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser feito), depois pode ir colocar seu tricô em dia.
O Yawo se dormir no Terreiro deve levantar antes do sol nascer ou junto com o
nascer do sol.
O Iaô ao levantar não deve falar com ninguém, deve antes lavar seu rosto e boca, isso é para apagar os vestígios ou traços espirituais que eventualmente
tivesse vindo rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o mingau das almas numa possível alimentação.
O Iaô não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie uma conversa contra a casa de santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para agradar as forças
de sua fonte.
O Yawô não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para a casa de Santo, deve expor o fato em tom normal sem demonstração de disse-me-disse.
O Yawo não de ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.
O Yawo não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mas velhos que visite sua casa.
O Yawo nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim agachado, com a cabeça baixa.
O Yawo nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém.
Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de festa ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a palavra. Ai então disser AGO (Licença) e esperar ele dizer AGO IA. E de cabeça baixa, falar com ele em tom de voz baixa.
O Yawo não deve se portar de maneira desairosa no terreiro, por que do seu comportamento decorre a divulgação e o bom nome da casa.
O Yawo não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos outros) e nem de seus componentes, isso provocaria a irá do ORIXA e trás a certeza de um pagamento futuro, a EXU a EGUN e as forças da natureza.
O Yawo não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça erguida, e sim um pouco curvado para frente.
O yawo só pode sentar em Apoti (Banquinho) mediante a autorização do seu Zelador. (Somente raspados podem sentar em apoti)
O Yawo não deve deixar dormir roupa em corda (pois Eguns a noite faz dela sua morada)
O Yawo não deve sentar em soleira de porta.
O Yawo não deve passar embaixo de corda que tenha roupa intima, roupa de baixo, mesmo que estas sejam suas.
Yawo não passa embaixo de escada.
O Yawo não deve pegar sou de Meio-dia, mesmo com cabeça coberta.
O Yawo não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da frente para os fundos.
O Yawo não deve verter (Urinar) ou defecar, em rios, lagos, dentro de de água, poço ou cachoeira (locais Sagrados).
O Yawo não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.
O yawo não deve cuspir em água de espécie alguma.
O Yawo deve esta com seu contra-egum toda vez que for ao barracão.
O Yawo deve sempre esta com O Ojá ( pano de cabeça) em sua cabeça.
O Yawo não deve entrar em cemitério, só em casos muito especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. E somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não deve entrar em Igreja, hospital, matadouro, etc, só em casos especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. Somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não deve ir a praia (Banho de Mar ± areia, calçada, beira de praia, beira de mar, casa de praia), sem ter suas obrigações em dia. E somente com a permissão de seu Zelador.
O Yawo não carrega embrulho na cabeça.
O Yawo não deve ser descortês, nem mesmo entre os irmãos do terreiro e com visitantes, e sim bastante paciente e educado.
O yawo não deve impor seus desejos, nem mesmo entre os irmão de barco, seus desejos ou vontades serão discutidos.
O yawo não deve faltar com educação e cortesia para com todos aqueles que nos batem a porta, seja ele conhecido ou não.
O Yawo não deve tornar publico as coisas que delas participarem em caráter de segredo na casa de santo.
O Yawo não deve menosprezar os outros e nem se colocar em falso pedestal de auto suficiente, e sim ser humilde.
O YAWO nunca, jamais, em tempo ou hipótese alguma, seja no seu barracão ou no barracão do alheio, deve-se sentar na mesma altura que o seu pai de santo.
Ele já passou por vários sacrifícios para estar sentado confortavelmente ali.
Você ainda está no meio do caminho. Portanto, pra que querer sentar aonde você não alcança? Mesmo que o dono da casa chame , cabe a voce recusar
Yawo e abian não bebem nenhum líquido em copo de vidro dentro de seu barracão ou no barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho copinho de
plástico ou então a conhecida DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE ÁGHATA, como você preferir chamar. Copo de vidro só quem tem direito é egbomi, ekede,
ogan e zelador…
Terminou seu ajeum? Pegue seu pratinho e sua canequinha e lave, Não cai a mão e nem coça, sabia? Infelizmente ainda não possuímos uma empregada que possa cuidar da limpeza geral enquanto nós descansamos.
Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar tudo.
Portanto, cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando, esperando que algum irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você não tem cabimento. Cada um fazendo um pouco fica mais fácil e rápido.
Resolveu visitar o pai de santo? Que maravilha! Ele adorará sua visita, ainda mais se você vier com uma modesta colaboração para o ajeum, pois como é do
conhecimento de todos, o pai de santo não tem obrigação de alimentar todo mundo. Madre Teresa de Calcutá já morreu, e definitivamente, ela não vira na
cabeça do pai de santo.
Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o serviço? Bem, agora você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e
confortavelmente sentar-se nele. Como dissemos no item 5, cadeiras, sendo com ou sem braço, só ebomis, ekedes, ogãs ou zeladores que podem sentar. Existe uma variável do APOTI, que é a famosa ESTEIRA. Nela você pode se sentar, se espichar e até relaxar seus ossos.
Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma refeição, você sai atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos
que não, né? Portanto, na casa de santo é igual. Antes os mais velhos devem se servir, pra só depois os abians e yawos se servirem. Isso é mais que uma regra é etiqueta. E você não vai querer ser um deselegante, não é? Lembre-se: Estão sempre observando você...
As emprestadas? Pois é, o pai de santo também não gosta. Portanto, que tal comprar um belíssimo tecido de lençol e fazer uma baiana de ração básica pro
dia-a-dia? Não sai caro e fica uma gracinha. E você finalmente pára de pegar a roupa do alheio emprestado. Não é maravilhoso? Todos na casa contentes e
felizes com suas devidas roupas.
Quem traz dinheiro para o sustento da casa? Você é que não é. Portanto, trate muitos bem os clientes que vão para jogar ou se consultar, pois é deles que vem boa parte do dinheiro dali. Sorrir sempre e servir um copinho de café ou de água gelada não matam ninguém. Que tal tentar?
E vai rolar a festa! O povo do kétu, do jeje, da angola e até da umbanda já mandou avisar e convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do
povo? Com certeza o Carrefour não irá mandar as coisas de graça para o barracão, nem o Mercadão de Madureira tão pouco irá dar os bichos e todo o
material restante. Portanto, que tal se todos coçassem o bolso um pouco e ajudassem?
Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a Electro, a CEG e a Sabesp irão fornecer água, luz e gás de graça? É claro que não. Portanto,
contribua sempre com a sua módica mensalidade. Economizar um pouco na Skol e no cigarro no final de semana já irá ajudar muito no barracão.
O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por que desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou dignamente e contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está no programa da Ana Maria Braga para comer de graça. Por falar em Ana Maria Braga, lembre-se que você não é o Louro José para dar palpites no barracão. Se você tem alguma sugestão, leve-a antes ao pai de santo. Espalhar a corrupção sobre a Terra era coisa da novela Mexicana.
Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de fininho. Lembre-se da limpeza do barracão.
Roda de candomblé, seja em sua casa ou na casa do alheio, não é lugar de ficar de cochicho e risinhos irônicos e não tão pouco paquerando.. Se você quer
fuxicar, vá para um botequim.
Anágua encardida, só se for depois da festa do candomblé. Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM PENSAR! Devem ser brancas como a neve, salve anágua de ráfia
ou entretela.
Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas, deve deixar esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do barracão.
Ali dentro você tem que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas que vêem tudo azulzinho. Casa de orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para arrumar casório.
Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da semana, no mesmo dia de função do barracão? Então, peça para ele guardar
uma garrinha de carne para você e venha cumprir suas obrigações junto a seus irmãos.
Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua, nada de ficar xoxando. Lembre-se, o mundo dá voltas e o feitiço pode virar contra o feiticeiro.
Amanhã pode ser você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima saia de rechilieu.
Caso assista fora do seu barracão a algo diferente do que ocorre em sua casa, nada de ficar xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da
verdade e nem ninguém o é. O que pode parecer maluquice pra você, pode não ser pro próximo. Não é errado, é diferente de sua casa. Além do mais,
comentários sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando?
Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre.
Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes de envolver o pai de santo e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras de mau-gosto. Apelidos e avacalhações são da porta do barracão pra fora. Além do mais, a próxima vítima pode ser você.
Roupa de barracão é saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e top's devem ser usados somente pra ir ao baile funk.
Sempre que for servir algum mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir. Sempre que for servir algum mais
velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir.
Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na realidade pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não a ela própria. Portanto,
todos devem trocar a benção, mais velhos com mais novos e vice-versa.
Quando você estiver em uma roda de pessoas dentro da sua casa de santo ou de outro barracão qualquer, abaixe o seu ori e peça a benção até o periquito que
estiver chegando, você não sabe quem é ele e ele pode ser bem mais velho que você, um tio de santo ou qualquer outro ebomi, é preferível você pedir a benção a alguém mais novo do que errar passando por cima dos mais velhos.
Lembre -se que para nosso Zelador (a) seremos sempre IAO.(Como para nossa Mãe carnal, seremos sempre crianças).
Quem é Olodumare
Erradamente,poucos sacerdotes falam de Olòdùmarè, talvez por não ter o conhecimento sobre ele pois, não existe nenhum altar, nenhum assentamento dedicado a ele pois, crê-se que ele não precise de um pois está em tudo e não tem elementos próprios para ele pois ele é esses elementos(Onipresença) e nenhum filho ou filha lhe é consagrado pois não suportaria de forma alguma a sua força..
A religião é parte essencial da cultura dos povos africanos, e acreditam que Olòdùmarè seja o ser supremo, é o ObáOrum, rei do céu.
É ele acima de tudo; onipresente, ele é Olorun Alagbara, o Deus Poderoso; Olòdùmarè .
Diz a mitologia yorubá que Olòdùmarè, junto com a criação do céu e da terra, trouxe para a existência as outras divindades Orixás, para o ajudar a administrar a sua criação, e a importância de cada divindade depende da posição dentro do panteão yorubá. Olòdùmarè é o Deus Supremo dos yorubás, merecedor de grande reverência, o seu status de supremacia é absoluto.
Ele é Onipotente – tão omnipotente que para Olòdùmarè nada é impossível, ele é o rei cujos trabalhos são feitos para perfeição.
Ele é imortal – Olòdùmarè nunca morre, os iorubás creem que seja inimaginável para Elemi (o dono da vida) morrer.
Ele é Onisciente – Olòdùmarè sabe tudo, não existe nada que se possa esconder dele; ele é sábio, tudo está ao seu alcance.
Alguns estudiosos afirmam que a religião yorubá, é a religião monoteísta mais antiga da humanidade.
A religião tradicional yorubá envolve adoração e respeito a Olòdùmarè, o criador, dos Orixás e dos antepassados, e cultuam 401 deidades; a maior parte desses Orixás são figuras antropomorfas, que também são associadas com características naturais. As pessoas rezam e fazem sacrifícios, de acordo com suas necessidades e situação.
Cada divindade tem as suas regras, ritos e sacrifícios próprios. Os iorubás rezam para os Orixás para intervenção divina em suas vidas.
Olòdùmarè é o Deus supremo dos iorubás e consequentemente das religiões de matrizes africanas, ele é o criador, é invocado em bênçãos e em certas obrigações, mas nenhum santuário existe para ele, nenhum sacerdócio organizado.
Os iorubás, também, creem que os antepassados interferem diariamente nos eventos da terra. Em algumas cidades são feitos festivais anuais, onde cada Egungum dança, e é festejado. Como já vimos os iorubás, são um povo com uma cultura muito rica. Eles superaram muitos obstáculos para alcançar o ponto em que estão hoje. A sua cultura e história podem ser vistas ao longo do mundo, especialmente as convicções religiosas, em outras palavras, os iorubás são dos mais influentes povos do mundo.
Outra explicação que se faz a respeito do aparecimento das divindades seria que Oxalá ou Obatalá, orixá da criação instalou o seu reino em Ifé, lugar sagrado dos iorubás.
Fala-se que Obatalá tinha um irmão mais jovem chamado Oduduwa, que ambicionava executar as tarefas que Olòdùmarè confiou a Obatalá e, para tanto, fez um ebó, contando com a colaboração de Esu (Exu), e armou uma cilada, provocando muita sede em Obatalá, que se encontrava bastante cansado da viagem.
Ao se aproximar de uma palmeira de dendê, usando seu cajado, furou a palmeira e bebeu o emu ( vinho de palma) que jorrava.
Exausto da longa caminhada do Orum ao aiê bebeu em excesso embriagando-se rapidamente, e ali mesmo deitou e adormeceu. Oduduwa que vinha a espreita na retaguarda, Roubou o saco da criação e passou à sua frente tornou-se fundador dos povos iorubás.
.
Ebó Para Progredir na Vida
Ebó para sorte e progresso.
Este ebó é Para uma pessoa progredir na vida, se você está bem fique sabendo que pode ficar ainda melhor.
O trabalho é fácil sendo você do Candomblé ou Umbanda.
Vamos ao trabalho:
para prosperar nos seus caminhos.
Cozinha-se sete bananas da terra, retira-se as cascas e amassa-se bem com um garfo.
À banana amassada adiciona-se mel e um pouquinho de azeite de dendê.
Mistura-se bem, sempre amassando e mexendo com um garfo.
Coloca-se essa massa dentro de um alguidar, arruma-se por cima sete fatias de pão e cobre-se com pipocas feitas na areia.
Tempera-se com azeite de dendê e vinho tinto.
Deixa-se nos pés do Orixá Ogum de um dia para o outro e despachase no mato no pé de uma árvore frondosa.
Só relembrando que as pessoas devem falar na hora do trabalho o que querem receber do orixá.
Exemplo (Ogum eu quero progredir, me dê saúde, sorte, prosperidade, proteção, caminhos abertos, etc…)
Peça Antes, durante e depois, pois quando você está no preparo do Ebó suas mensagens e seus pensamentos (seus desejos) irão penetrar na Oferenda, então fica ai a dica do Autor Ebomi.
quarta-feira, 9 de março de 2016
HOMEM PODE SER FEITO DE NANÃ?
UMA PERGUNTA POLÊMICA
Muito axé tem esse problema, "Respondeu Nanã e agora?"
Simples, existem duas ocasiões onde homem pode ser feito de nanã, uma é sendo ele monógamo, a outra é sendo ele estéril, é incrível que as pessoas do antigo axé não tenham passado isso de forma explicada para seus filhos, talvez por um simples fato....
Como Nanã, RARAMENTE responde na cabeça de um homem, isso ficou esquecido e acabou caindo em desuso e assim foi esquecido.
Comigo não foi diferente, em um jogo de uma pessoa do axé que é do sexo masculino respondeu Nanã para feitura, logo pensei, "E agora?".
Pesquisei, fui me aprofundando no assunto até descobrir uma Yalorixá, linda e maravilhosa que se dispor a me ajudar neste tema tão polêmico, e foi com apenas duas perguntinhas que ela me fez, que resolveu todo o problema.
Eis a nossa conversa:
Iya Débora de Oxum (Filha de mãe Nitinha): Filho, como minha mãe dizia, esse menino tem uma bola só?
Eu assustado com o que ela perguntou: Como é minha mãe?
Iya Débora: Hora filho não se faz de besta, ele tem uma bola só? pode fazer filho?
Dai nem precisa transcrever mais nada, Essa linda e maravilhosa mãezinha que Deus levou me explicou se se faria ou não e como;
o fato é que muitos por ai ainda tem dúvidas como se Nanã come ejé etc.,já que o ejé "é vida", essa foi meu Babalorisá Jorge D´Olissá quem me falou, "
Ejé não é vida, ejé é o que mantém a vida, um elemento que mantém outro, sem ele não há a vida mas dai a dizer que ele é a vida é muito"
Para Nanã se copa sim, o problema é como;
não se corta com obé de aço ou ferro de qualquer tipo devido a uma kizila com Ogum,
Pelo mesmo fato não se deixa cair uma gota sequer do ejé no chão puro por isso o roncó tem que estar todo forrado de esteiras cobertas com lençol branco para evitar a qualquer custo uma a quebra neste itan de Nanã (existe um itan que fala sobre esse assunto e sobre o problema dela com Ogum.
"Certa feita, numa reunião com todos os Imalés, falou-se muito sobre Obatalá, aquele que criou os homens, sobre Orunmyilá, o dono do destino dos seres humanos. Sobre Exu disseram que era um importante mensageiro, e sobre Ogun, que era o mais importante de todos, que era o dono do ferro e dos metais e que sem as ferramentas que ele fazia era impossível plantar, colher, construir ou fazer a guerra. Todos o reverenciaram, menos Nanan Buruku.
Ela se dispôs a provar que não precisava dos metais. Com as madeiras mais duras da floresta fez cavadeiras para semear e cavar; para caçar, fez flechas de caniço e osso; para cozinhar, panelas de barro; para guerrear, lanças e clavas, facas de bambu e escudos de couro de rinoceronte
É por isso que não se usam objetos de metal para matar os animais oferecidos a Nanan Buruku."
Pesquisei, fui me aprofundando no assunto até descobrir uma Yalorixá, linda e maravilhosa que se dispor a me ajudar neste tema tão polêmico, e foi com apenas duas perguntinhas que ela me fez, que resolveu todo o problema.
Eis a nossa conversa:
Iya Débora de Oxum (Filha de mãe Nitinha): Filho, como minha mãe dizia, esse menino tem uma bola só?
Eu assustado com o que ela perguntou: Como é minha mãe?
Iya Débora: Hora filho não se faz de besta, ele tem uma bola só? pode fazer filho?
Dai nem precisa transcrever mais nada, Essa linda e maravilhosa mãezinha que Deus levou me explicou se se faria ou não e como;
o fato é que muitos por ai ainda tem dúvidas como se Nanã come ejé etc.,já que o ejé "é vida", essa foi meu Babalorisá Jorge D´Olissá quem me falou, "
Ejé não é vida, ejé é o que mantém a vida, um elemento que mantém outro, sem ele não há a vida mas dai a dizer que ele é a vida é muito"
Para Nanã se copa sim, o problema é como;
não se corta com obé de aço ou ferro de qualquer tipo devido a uma kizila com Ogum,
Pelo mesmo fato não se deixa cair uma gota sequer do ejé no chão puro por isso o roncó tem que estar todo forrado de esteiras cobertas com lençol branco para evitar a qualquer custo uma a quebra neste itan de Nanã (existe um itan que fala sobre esse assunto e sobre o problema dela com Ogum.
"Certa feita, numa reunião com todos os Imalés, falou-se muito sobre Obatalá, aquele que criou os homens, sobre Orunmyilá, o dono do destino dos seres humanos. Sobre Exu disseram que era um importante mensageiro, e sobre Ogun, que era o mais importante de todos, que era o dono do ferro e dos metais e que sem as ferramentas que ele fazia era impossível plantar, colher, construir ou fazer a guerra. Todos o reverenciaram, menos Nanan Buruku.
Ela se dispôs a provar que não precisava dos metais. Com as madeiras mais duras da floresta fez cavadeiras para semear e cavar; para caçar, fez flechas de caniço e osso; para cozinhar, panelas de barro; para guerrear, lanças e clavas, facas de bambu e escudos de couro de rinoceronte
É por isso que não se usam objetos de metal para matar os animais oferecidos a Nanan Buruku."
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